domingo, 6 de março de 2016

Artigo da UC_Educação e Sociedade em Redes

O Uso de redes sociais (facebook e twitter) como ferramenta do processo de ensino-aprendizagem em contexto online

Universidade Aberta, Portugal

Abstract
Social networks are very tools currently used by young people to make friends, share information and collaborate on ideas. With globalization and the development of ICT, Education has also undergone changes. Therefore there is a need for education to follow this development is not to be exceeded. This article aims to approach on the use of social networks as a tool in the teaching-learning process, its implications and limitations.

Keywords: social networks, facebook, twitter, teaching-learning process, online context.

Resumo
As redes sociais são ferramentas muito usadas atualmente pelos jovens para fazer amizades, partilhar informações e colaborarem em idéias. Com a globalização e o desenvolvimento das TICs, a Educação também sofreu transformações. Pois, há uma necessidade da educação acompanhar este desenvolvimento se não quer ficar ultrapassada. Neste artigo pretende-se abordar sobre o uso das redes sociais como ferramenta do processo de ensino-aprendizagem, suas implicações e limitações.
Palavras-chave: redes sociais, facebook, twitter, processo de ensino-aprendizagem, contexto online.

1.Introdução
Nos dias de hoje, é frequente reparar como os jovens e adolescentes fazem o uso de redes sociais para trocar idéias ou partilhar informações. A maioria deles, na faixa entre 7 anos à 18 anos de idade, passam o tempo todo nas redes sociais que chegam as vezes a esquecer de que existe um mundo real fora do virtual.
Com a globalização e a evolução das novas tecnologias, a Educação também foi sofrendo evoluções. As redes sociais, passaram a ser usadas com muita frequência pelos jovens e adolescentes para trocar informações, criar amizades, grupos sociais. Isto tudo foi originando laços fortes e criando comunidades virtuais. 
Tendo em conta este grande interesse dos jovens pelas redes sociais para troca e partilha de informações, muitas das instituições da educação passaram a aderir o uso destas redes como forma de melhorar a qualidade de Educação e complementar a educação formal. Isto porque os alunos ao trocarem informações, partilharem videos ou outro tipo de documentos, não só estão a aumentar os seus conhecimentos como também estão a desenvolver as suas habilidades técnicas, sociais, comunicativas e pessoais.
No contexto da Educação online não poderia ser diferente pois, os professores fazem o usos destas para o esclarecimento de dúvidas, postar informações úteis, lembretes de atividades. Ou seja, as redes sociais não só servem para trocar informações sobre política, económia, eventos, notícias entre outras. Mas também podem ser usadas como ferramentas do processo de ensino-aprendizagem.
Neste presente artigo vai-se  abordar sobre o uso das redes sociais(facebook e twitter) como ferramentas do processo de ensino-aprendizagem.

2.Contextualização
Segundo Capobianco (2010) citado por Carita et all(2011), as tecnologias de informação e comunicação (TIC) oferece recursos para favorecer e enriquecer as aplicações e os processos, principalmente a área de educação. Ainda na perspetiva de Capobianco, pode-se verificar que as tecnologias de informação e comunicação só vem a favorecer o processo de ensino-aprendizagem, visto que através deles os alunos participam ativamente na troca de informação. Outro fator que é a troca e partilha de informação ocorre de uma forma rápida e imediata, o que leva ao interesse e motivação por parte dos alunos.
As redes sociais auxiliam o professor no uso de novas ferramentas e estratégias de ensino que facilitam a aprendizagem.
Segundo Silva e Cogo (2007), citado por Carita (2011), essas tecnologias estão transformando as maneiras de ensinar e aprender, oferecendo maior versatilidade, interatividade e flexibilidade de tempo e de espaço no processo educacional.

3.Redes sociais no ensino online
O ensino online tem vindo a evoluir a cada dia que passa e as redes sociais são muitas vezes usadas para a troca de informações, comunicação de eventos, divulgação de notícias ou outras atividades relacionadas com o assunto em questão. Mas aqui vamos abordar  o facebook e twitter.
Lorenzo(2013, p. 20) op.cit Leka & Grinkraut, a rede social é uma das formas de representação dos relacionamentos afetivos ou profissionais dos seres entre si, em forma de rede ou comunidade. Ela pode ser responsável pelo compartilhamento de ideias, informações e interesses. 
Segundo Cardozo (2008) e Recuero (2009c) op.cit Reinert(2010), redes sociais são representações de um conjunto de participantes, já redes sociais virtuais são as relações entre os indivíduos mediadas por computadores, ou seja, o computador é o veículo para a comunicação. Com isso, tais sistemas de redes se limitam por meio das interações sociais, com o objetivo de conectar as pessoas, propiciando sua comunicação e tecendo laços sociais.
Esses novos instrumentos vem ampliando a interatividade e a flexibilidade de tempo no processo educacional, por isso é possível fazer uso das redes sociais para contribuir no processo de ensino-aprendizagem (Silva & Cogo, 2007).
Por outras palavras, o uso das redes sociais para além de criar interatividade entre o professor-aluno e aluno-aluno ela contribui para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.

3.1.O facebook e as suas vantagens
O Facebook é uma mídia social que foi criada  por Mark Zuckerberg em 2004, com o objectivo  de criar interação e compartilhamento de informações e imagens pelas pessoas.
 Segundo Fernandes (2011) op.cit Juliani et all (2012), o Facebook pode ser explorado como ferramenta pedagógica importante, principalmente na promoção da colaboração no processo educativo, e ainda, permite a construção crítica e reflexiva de informação e conhecimento.
O facebook como uma ferramenta das redes sociais oferece as seguintes vantagens:
a) Centraliza informações que permitem ao usuário navegar e buscar várias informações sem sair da página;
b) Pode ser acessado por computador, tablet ou telemóvel com acesso a internet recebendo conteúdos via mensagem;
c) Tem diversos aplicativos que podem ser usados por alunos tais como o Notely e o Study Groups e pelos professores o Mathmatical formules e o World Cat. Estes aplicativos auxiliam na interação entre o aluno-aluno e aluno-professor como também oferece opções de busca, dicas de aprendizagem e organização.

3.2.O twitter e as suas vantagens
O Twitter é um serviço online de microblogging, sendo que o usuário deve responde a simples pergunta “O que está acontecendo” (What’s happening?) em no máximo 140 caracteres, assim ele pode expor opinião, debater, comentar e fazer publicidade. É uma rede de informações em tempo real (TWITTER, 2011).
Segundo Lorenzo (2013) op.cit Leka & Grinkraut(s/d), o Twitter é uma rede social que permite interação, por meio da conexão, com qualquer pessoa no mundo, sejam elas conhecidas ou não.
O twitter como uma ferramenta das redes sociais oferece as seguintes vantagens:
a) Permite a ligação de vários usuários através de uma rede;
b) Tem a capacidade de transmissão de mensagem em tempo real a partir de uma lista de atualizações chamada timeline, onde todos os seguidores podem ter acesso e responder a mensagem;
c) A concentração de informações, facilidade de troca de dados permitem a discussão online em tempo real. Isto permite ao professor passar atividades, temas de discussão, conteúdos para download e receber as dúvidas dos alunos.

Lorenzo (2013) op.cit Leka & Grinkraut(s/d), destaca alguns pontos positivos sobre o uso do Twitter, enquanto ferramenta educacional, tais como: pode torna-se um recurso para avaliação, de opinião ou pesquisa; promoção de debates; compartilhamentos de vídeos; desperta o senso crítico, criativo e sintético dos alunos; obtenção de informações úteis, como datas importantes, por exemplo; os professores tornam-se mais acessíveis, os alunos mais tímidos podem se expressar, os professores podem obter feedback das aulas. Porém, segundo o autor, deve-se estar atento a alguns contratempos que podem ocorrer, caso essa interação não seja bem planejada e orientada, como por exemplo, banalização das conversas, disseminação de boatos e dispersão durante as aulas.

4.Implicações do uso das redes sociais como ferramenta no processo de ensino-aprendizagem
As redes sociais devem ser usadas de forma adequada pelos alunos para garantir uma aprendizagem positiva, mas para isso depende muito da forma como o professor conduz o processo.
Um dos grandes desafios do uso das redes sociais são as habilidades técnicas que os professores e os alunos devem adquirir, bem como a forma como se devem comportar e se relacionarem nas redes sociais.
Para Moran (2000) citado por Reinert et all(2010), as ferramentas utilizadas no aprendizado também se multiplicaram e uma das alterações relevantes é a utilização da internet como um espaço para o desenvolvimento do aprendizado do aluno.
Segundo Vygotsky(citado por Rego,2010), o desenvolvimento cognitivo ocorre dentro de um determinado contexto social e que o indivíduo constroi conhecimento com a colaboração e interação com o ambiente e com os seus pares.
Olhando nesta perspetiva de Vygotsky pode-se  afirmar que o indivíduo ao interagir e colaborar com os colegas e professores a partir das redes sociais, acaba por desenvolver não só no aspecto cognitivo mas também o social e pessoal.
Para Moran(2000,p.23),”Aprendemos melhor quando vivenciamos, experimentamos, sentimos. Aprendemos quando relacionamos, estabelecendo vínculos, laços entre o que estava a solta, caótico, disperso, integrando-o em um novo contexto, dando-lhes significado, encontrando um novo sentido.”
Em suma, diriamos que os alunos ao experimentarem coisas novas nas redes sociais, trocam experiências, partilhando e colaborando, criam laços fortes e desenvolvem uma comunidade virtual de acordo com os seus interesses e afinidades, que os leva ao desenvolvimento integral.
Kenski (2007) citado por Reinert at all (2010), afirma que a utilização das tecnologias na educação pode proporcionar a socialização de inovação, propocionando novas mediações entre o ensino do professor, o aprendizado dos alunos e os conteúdos abordados.
Segundo Jӓrvelӓ (2006) citado por Reinert et all(2010), as TICs podem aumentar a autenticidade e o interesse, podem construir comunidades entre diferentes escolas, professores e grupos colaborativos; podem ajudar a compartilhar projetos entre estudantes com conhecimentos diferentes; podem ainda, facilitar a utilização de modelos orientados de investigação e resolução de problemas com suporte a tecnologia para melhorar a aprender a aprender; e por fim podem oferecer maneiras que possibilitem a interação em diferentes contextos de aprendizagem.
O uso de redes sociais no processo de ensino-aprendizagem, em contexto online trás implicações positivas para o aluno e o professor se estas forem usadas de forma adequada. Para isso, é necessário que o professor e a própria instituição definam regras para que o usos destas seja feita de forma correta.
Segundo Bohn( 2009, p.01) op.cit Araújo(s/d), assim como as ferramentas da Web 2.0, as redes sociais oferecem um imenso potencial pedagógico. Elas possibilitam o estudo em grupo, troca de conhecimento e aprendizagem colaborativa. Uma das ferramentas de comunicação existentes em quase todas as redes sociais são os fóruns de discussão. Os membros podem abrir um novo tópico e interagir com outros membros compartilhando idéias(...)Enfim, com tanta tecnologia e ferramentas gratuitas disponibilizadas na Web, cabe ao professor o papel de saber utilizá-las para atrair o interesse dos jovens no uso dessas redes sociais favorecendo a sua própria aprendizagem de forma coletiva e interativa.
Em suma, as redes sociais quando usadas de forma positiva desenvolvem a interação entre o professor e alunos e torna a aula mais dinâmica bem como desenvolve a autonomia do aluno.

  5.Limitações do Uso das redes sociais no processo de ensino-aprendizagem
Uma das limitações que pode ocorrer quando se usa as redes sociais como ferramenta do processo de ensino-aprendizagem, é que a falta de uma proposta pedagógica da utilização destas na educação é que pode fazer com que os alunos usem de forma errada. Outro aspecto é que os alunos podem não saber selecionar conteúdos adequados ou até podem postar conteúdos inadequados.
Outra limitação é que os usuários ficam com as suas informações pessoais expostas que pode tirar a privacidade deles, principalmente se a rede for externa e a escola não tiver o controle dela.
Outra limitação é que nas atividades pedagógicas se o professor não for eficaz ao acompanhar as atividades colocadas nas redes pelos alunos, correm o risco de postar informações inadequadas.

6.Metodologia usada nos estudos

Para a realização deste trabalho, foi aplicada o método de análise bibliográfica de alguns artigos de pesquisa já publicados.
 Foi feita análise de alguns artigos relacionados com a temática em estudo para a conclusão deste artigo.

7.Resultados obtidos nos estudos

Analizando os artigos publicados podemos afirmar que as redes sociais são ferramentas úteis para o processo de ensino-aprendizagem, mas quando são usadas de forma adequada. Pois, se usarmos de forma adequada desenvolve no aluno assim como no professor habilidades técnicas, cognitivas, sociais e pessoais
Mas quando estas são usadas de uma forma inadequada, sem um plano pedagógico que define as regras de como devem ser usadas, o que postar e como postar pode levar aos alunos ao erro, a postar informações inadequadas como também levar a falta de ética em relação a postagem de informações.


8.Conclusões/ Considerações Finais
Analisando o levantamento bibliográfico desta temática podemos concluir que as redes sociais são ferramentas úteis para o processo de ensino-aprendizagem. Pois, com uma aplicação correta destas ferramentas (facebook e twitter) podemos garantir uma aprendizagem positiva.
Para que a aprendizagem ocorra de forma positiva a partir das redes sociais é preciso que o professor apresente um plano pedagógico que defina os critérios do uso das redes sociais como ferramenta do processo de ensino-aprendizagem apresentando como aspectos principais a responsabilidade, ética e postura na seleção e postagem de informações.
Estamos numa era de globalização, onde há necessidade de acompanhar a evolução da sociedades e das TICs. Pois, os nossos alunos são da geração dos nativos digitais, que estão a maior parte do tempo ligados as redes sociais, e uma das formas de colocar os alunos bem motivados é usar como ferramentas do processo de ensino-aprendizagem as redes sociais que são ferramentas que eles já estão familiarizados e onde passam a maior parte do tempo.


Referência Bibliográfica

Araújo, Verônica D.L.(2010), O impacto das redes sociais no processo de ensino e aprendizagem. Recuperado em:https://www.ufpe.br/nehte/simposio/anais/Anais-Hipertexto-2010/Veronica-Danieli-Araujo.pdf

Alencar, Gersica et all(),Facebook como Plataforma de Ensino/Aprendizagem: o que dizem os Professores  e Alunos do IFSertão – PE. Recuperado em:  http://eft.educom.pt/index.php/eft/article/view/321

Caritá, E.C.et all(2011), Uso de redes sociais no processo ensinoaprendizagem: avaliação de suas características. Recuperado em:http://www.abed.org.br/congresso2011/cd/61.pdf

Juliani,Douglas et all(2012), Utilização das redes sociais na educação: guia para o uso do Facebook em uma instituição de ensino superior.  Recuperado em: http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo20/artigos/10b-douglas.pdf

Leka, Aline Regis & Grinkraut, Melanie(s/d) A utilização das redes sociais na educação superior . recuperado em:http://mackenzie.br/fileadmin/Graduacao/CCH/primus_vitam/primus_7/aline.pdf

Reinert, Maurício et all(2010),Rede Social como ferramenta de ensino-aprendizagem em sala de aula. Recuperado em: http://www.anpad.org.br/admin/pdf/epq2175.pdf



segunda-feira, 26 de maio de 2014

Diferenças entre grupos, redes e comunidades-UC_Ambientes Virtuais de Aprendizagem

Grupos – são uma coesão de indivíduos que são estruturados em torno de tarefas ou actividades com um certo prazo e caracterizam-se por ser restritos.

É uma coletividade identificável, estruturada e contínua de pessoas que desempenham papéis recíprocos em conformidade com normas, interesses e valores com vista a prossecução dos objetivos comuns

Redes – são mistura de laços soltos e fortes entre membros que criam conexões que colaboram e partilham informações e caracterizam-se por ser mais amplos e emergentes.

Uma composta por pessoas ou organização conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns.

Comunidades – são agregações, conjunto formado de acções de indivíduos que vêem a si mesmos principalmente como nem parte de um grupo nem conectados em uma rede. Também pode ser considerado como uma espécie de cyber-organismo, formado a partir de pessoas ligadas através de algoritmos utilizando o software de rede.

É uma comunidade que estabelece relações num espaço virtual através de meios de comunicação à distância.

Caracteristicas dos grupo, redes e comunidades



grupos

A sua estrutura as vezes é feita em torno de tarefas ou actividades com um certo prazo;
Podem instituir vários níveis de controle de acesso para restringir a participação e proporcionar um domínio menos público para o seu funcionamento, ou seja, aumenta a segurança dos membros e protege a sua propriedade intelectual;
Usam ferramentas diversas como forma de apoiar e melhorar a eficácia das suas actividades em grupo;
Encontram-se em tempo real usando áudio ou vídeo-conferência;
A entrada para o grupo é restrito e controlado por vezes por intranet corporativa ou por registo de instituições e todos conhecem o nome dos elementos do grupo;
Há participação activa dos elementos do grupo, formando assim uma identidade social dos indivíduos no grupo;
Os grupos não estão propensos a buscar uma nova identidade social ou avatar em ambientes imersivos, mas sim usam as ferramentas de comunicação para promover seus objectivos individuais e de grupo;
A confiança entre os membros dos grupos é que determina a sua eficácia. Conectam as pessoas de forma directa e indirecta, o que torna difícil saber se todos fazem parte da rede ampla;
São estratificados, seus membros ocupam posições relativas entre si, desempenham papéis e contatam-se entre si;
Tem normas de condutas influenciadoras de modo como os papéis são desempenhados;
É uma comunidade de interesses e de alguns valores entre os seus membros;
Estão orientados para um ou mais objetivos e tem permanência relativa, isto é, tem alguma duração.


redes

O aumento da intensidade da rede influencia na resposta a pressões internas e externas;
Nas redes surgem grupos de redes sociais através desoftwares como blogs, facebook, MySpace;
Os membros das redes compartilham um compromisso marginal como forma de aumentar a sua reputação pessoal;
As redes há mistura de laços soltos e fortes entre os membros;
Os membros usam as redes para buscar informação, pontos de vista, contactos e sugestões fora das conexões de grupos mais familiares;
As redes tem a capacidade de construir e sustentar novas conexões emergentes para o mundo exterior;
As rede permitem que o individuo identifique e colabore com as pessoas sobre determinados assuntos do seu interesse e cria novas conexões;
As redes tem muitas conexões que permite o livre acesso e saída e livre fluxo de conversa Surgem a partir de agregados de grupos e actividades em rede;
Há abertura, que possibilita relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre os participantes;
A conexão se dá através da identidade e os seus limites não são de separação, mas sim de identidade;
Há compartilhamento de informações, conhecimentos e esferas em busca de objetivos comuns;
As redes sociais são compostas por três elementos: nós ou atores; vínculos e fluxos de informação (unidirecional ou bidirecional);
Há laços fortes e fracos e a dos buracos estruturais onde se encontram os atores que não podem comunicar entre si a não ser por intermediários dos terceiros.



comunidades


Fornecem frequentemente colaboração para o livre-simples onde pode-se ligar de uma página da Web para outra, por exemplo: um link específico para um site mais pessoal;
A comunidade serve como um ponto de entrada visível que abre as portas as redes e grupos mais intensos;
É um saber direccionado as multidões;
Há aglutinação de um grupo de indivíduos com interesses comuns que trocam experiências e informação no ambiente virtual;
Há dispersão geográfica dos membros.






Análise do texto “Redes e Educação: A Surpreendente riqueza de um conceito” - Autor: António Dias de Figueredo (2002)


As tecnologias de informação na educação evoluíram, mas nós como utilizadores, apesar de termos novas tecnologias não avançamos nada, ou seja, continuamos a fazer as mesmas coisas que fazíamos antes do surgimento das novas tecnologias.
Na percepção de Figueiredo, o funcionamento das nossas escolas nasceu a partir do modelo de Frederik Taylor que criou um modelo mecanicista onde as fábricas transformaram-se em máquinas e os trabalhadores em peças dessas máquinas. As escolas eram criadas para responder a necessidades de formação seguindo o modelo mecanicista, produção massiva de recursos humanos para alimentar a Sociedade Industrial. Onde a aprendizagem era feita com base em conteúdos fora do contexto, proliferação de disciplinas artificialmente separadas, havia uma memorização e reprodução de textos inerentes, a aquisição de saberes sem aplicação visível.
Atualmente a metáfora que existe é a metáfora de rede, pois está é mais aberta a comunicação. A metáfora da máquina valorizava o individualismo, ausência de contextos, a rotina, a mecanização e a passividade. Já a metáfora da rede valoriza a comunidade, a interação, os contextos, os processos orgânicos, a geometria variável, a complexidade, o fluxo e a mudança.
A metáfora da rede tornou o indivíduo mais interativo, valorizou a colaboração e partilha em rede e abriu espaço para mudanças na aprendizagem onde a construção do seu conhecimento é feita de forma coletiva a partir de troca de saberes entre membros de uma comunidade em rede.
Numa aprendizagem em rede, é importante que se valorize os conteúdos e contextos. Devem-se criar bons contextos para dar mais vivência aos conteúdos e tornar possível a construção dos saberes pelos próprios aprendentes. Pode-se ter bons conteúdos e a sua distribuição ser boa e facilitada, mas se não temos bons contextos e ambientes ativos os aprendentes não poderão construir os seus saberes por si próprios.


Segundo Figueredo(2002), “o grande desafio da escola do futuro é de criar comunidades ricas de contextos onde a aprendizagem individual e coletiva se constrói e onde os aprendentes assumem a responsabilidade, não só da construção do seu próprio saber, mas também da construção de espaços de pertença onde a aprendizagem coletiva tem lugar”.
O que se pode perceber aqui, é que cabe as escolas criarem contextos que levem ao aluno a sentir-se responsabilizado pela construção do seu próprio saber. Para tal é necessário que crie estratégias tais como: aprendizagem pela ação, aprendizagem reflexiva, aprendizagem situada, aprendizagem acidental e aprendizagem baseada em projectos.


Bibliografia consultada

http://terrya.edublogs.org/2009/04/28/social-networking-chapter/

http://www.google.pt/books?id=spo9X16qn30C&lpg=PA15&ots=rtSJBZnXFx&dq=Dron%20%26%20Anderson%20Networks%20and%20Groups%20in%20Social%20Software%20for%20E-Learning&lr&hl=pt-PT&pg=PA15#v=onepage&q&f=false

Figueiredo, A. D. (2002). Redes e educação: a surpreendente riqueza de um conceito, in Conselho Nacional de Educação (2002), Redes de Aprendizagem, Redes de Conhecimento, Conselho Nacional de Educação, Ministério da Educação, Lisboa.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Personal Learning Environment

UC: Pedagogia do E-Learning Professor: José Mota Nome: Paula Cristina Castelo Perú Estudante nº: 1302672 Temática II – Personal Learning Environment (Ambiente Pessoal de Aprendizagem) Personal Learning Environment 1. O conceito de Personal Learning Environment(Ambiente Pessoal de Aprendizagem)-PLE A noção de PLE surgiu como resposta às restrições técnicas e políticas que foram impostas pelos AVAs e LMS’s nos seus ambientes educacionais e de trabalho, que são percebidos como limitadores das opções pessoais de aprendizagem . Segundo Ron Lubensky (18-12-2006), um Personal Learning Environment - Ambiente Pessoal de Aprendizagem (PLE) é uma facilidade para um indivíduo para o acesso, agregar, configurar e manipular artefatos digitais das suas experiências de aprendizagem em curso. Os PLE (Personal Learning Environment - Ambiente Pessoal de Aprendizagem) são recursos que pretendem ajudar o aprendente a ter o controlo e a gerir a sua aprendizagem. Para melhor compreensão desse conceito, deve-se ter como referência os conceitos de aprendizagem ao longo da vida e a aprendizagem informal que servem de suporte para melhor compreensão do conceito PLE. Attwell (2007a) refere que um PLE não é uma aplicação, mas antes uma nova aproximação ao uso das novas tecnologias na aprendizagem. O argumento para a sua utilização não é técnico, mas sim filosófico, ético e pedagógico. Um PLE proporciona ao aprendente um espaço pessoal sob seu controlo que possibilita o desenvolvimento e partilha das suas opiniões. Os PLE ajudam o indivíduo a organizar o seu processo de aprendizagem e a crescer como indivíduo tanto de forma educacional como profissional, pois, a sua aprendizagem pode ocorrer de forma informal ou formal e em qualquer contexto desde que ele tenha acesso a Web. Perspectivas do PLE Uma das perspectivas do PLE é de aumentar as condições de aprendizagem em muitos programas e serviços da web nas instituições de ensino e de trabalho. Desenvolver no indivíduo a capacidade de controlar e partilhar a sua aprendizagem no seu ambiente de trabalho. Outra perspectiva do PLE é poder inovar as pedagogias atuais e promover no aprendente competências de autonomia e organização individual. Relevância do PLE A aprendizagem através de um PLE permite dirigir a própria aprendizagem tal como ela ocorre com a aprendizagem informal, conectando informação de diversas fontes, informação que chegam filtrada e comentada a partir da comunidade que o indivíduo participa. Ela permite colaborar e partilhar informação com as pessoas independentemente do lugar que se encontram. O PLE, não só permite a aprendizagem informal como também a aprendizagem formal e pode servir para a aprendizagem no local de trabalho e o desenvolvimento de experiências no campo profissional. O PLE pode estimular o desenvolvimento de instrumentos de auto-orientação e dá preferência a estratégias de aprendizagem descentralizadas das instituições de educação. 2. Desenvolvimento e utilização do PLE para a aprendizagem em rede Ao desenvolver-se um PLE como aplicação, deve-se ter em conta uma configuração fácil que permita o uso de aplicações e ferramentas pessoais. Ou seja, deve ser uma aplicação com facilidade de uso e de acesso a serviços, aplicações e funcionalidades que esteja ao alcance de um utilizador comum. Um PLE deve apresentar as seguintes características para se tornar mais desejável: Enfoque na coordenação das conexões – entre utilizadores e serviços oferecidos por organizações e outros indivíduos; Relações simétricas – onde qualquer utilizador pode usar ou publicar recursos através de um serviço; Contexto individualizado – não haverá uma experiência homogênea de um contexto fora do âmbito de sistemas fechados, pois os utilizadores podem reorganizar a informação no contexto; Boa interoperabilidade – da perspectiva do PLE, a capacidade de estabelecer conexões é crucial, pelo que o suporte a diferentes Standards é um aspecto fundamental; Uma cultura de conteúdos abertos e de remistura – partilha de recursos, na busca de uma construção partilhada de conhecimento; Âmbito pessoal e global – deve operar no nível pessoal, coordenando serviços e informação diretamente relacionados com o utilizador. Bibliografia utilizada http://orfeu.org/weblearning20/5_2_def_caract_representacoes http//sfl.pro.br/eportifolio/configurando-um-ple-parte-i http://www.deliberations.com.au/2006/12/present-and-future-of-personal-learning.html http://www.scribd.com/doc/55952337/PLE-%E2%80%93-Ambientes-Pessoais-de-Aprendizagem http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/7686/1/ulfpie042963_tm.pdf

terça-feira, 22 de abril de 2014

Pedagogia do Elearning

Neste trabalho, fez-se uma reflexão sobre a origem da Pedagogia do E-Learning e o papel do professor. O que se pode notar é que com a evolução das teorias de aprendizagem e das tecnologias de informática, determinaram o surgimento da Pedagogia do E-Learning. Várias teorias emergentes que surgiram ao longo do EaD foram factores determinantes para que surgisse esta Pedagogia. Siemens foi um dos grandes contributos para a Pedagogia do E-Learning, quando criou a teoria do conectivismo e procurou juntar o físico ao virtual e colocou a aprendizagem em quatro domínios: transmissão emergência, aquisição e acreção. Também defende que a aprendizagem é multifacetada e orientada para a tarefa. Já Verduin e Clark teóricos tridimensionalistas contribuíram para o desenvolvimento da Educação à distância, sustentados na teoria de Moore, Garrison e Keegan, define três dimensões teóricas específicas: Diálogo/Suporte; Estrutura/ Especialização e Competência/Autonomia. Estes também valorizavam a aprendizagem autónoma do aluno e a comunicação bidireccional. Em relação ao papel do professor, fazendo uma análise diria que o papel do professor é de orientar e dirigir o aluno no processo de ensino-aprendizagem. O professor deve levar ao aluno a construir o seu próprio conhecimento, deve elaborar actividades objectivas, avaliar os seus alunos e dar um feedback. É papel do professor, estimular o aluno para desenvolver o espírito investigativo de forma a facilitar a construção do seu conhecimento. Deve colocar os alunos em situações de aprendizagem activa. https://drive.google.com/file/d/0B6aewbxMCyn9V0xWLTdWZmczbTQ/edit?usp=sharing

sábado, 19 de outubro de 2013

Mestrado em Pedagogia do E-Learning: "Se queres ir depressa, vai sozinho mas se queres ...

Mestrado em Pedagogia do E-Learning: "Se queres ir depressa, vai sozinho mas se queres ...: "Se queres ir depressa, vai sozinho mas se queres ir longe vai com os outros". Provérbio Africano


Este provérbio identifica o nosso curso, onde juntos caminharemos até ao final. E se cooperarmos e partilharmos experiências chegaremos longe.

abraços
Paula